TIRINHA DA TURMA DO GUI & ESTOPA: MULTIMODALIDADE E SEMIÓSE PRODUÇÃO DE SENTIDO A LUZ DA GRAMÁTICA DO DESIGN VISUAL

Esse trabalho faz parte da discilina: Letramentos e práticas multimodais ministrada pelo prof. Dr. Francisco Welligton na turma XII no mestrado acadêmico em Letras -PPGL UESPI objetivando analisar texto imagético a luz da Gramática do Design Visual – GDV, multimodalidade e recursos semióticos em face as interpretações do leitor em tiras no ambibente digital.

A partir de estudos relativos a semióses e interação na produção de sentido entre palavraimagem na atualidade tem sido recorrente em diversos ambientes ,incluindo os ambientes digitais em análise a reflexão social direcionado a fatos ocorridos socialmente colocando a serviço a informação em uso desses recursos a apartir de tirinha facilmente encontrada nos portadores de textos.

Após realizar a escolha do corpus destacando o estudo de gênero considerado por Bazerman e Miller(2011) situando gênero como prática discursiva dinâmica e a partir dos recursos semióticos aliadas a materialização do recurso comunicativo de forma multimodal percemos que os gêneros podem atuam culturalmente como modos de ação expressa e interpretada pela sociedade.Levando em consideração tais estudos é que surgiu o interesse em realizar a análise direcionada a tirinha.

O corpus para essa análise constitui-se de uma tirinha retirada da página diginal pelo endereço https://iguinho.com.br/tirinhas-covid-19-m.html produzido por Mariana Caltabiano na página GUI & ESTOPA uma série de maior audiência do Cartoon Network com animação bem humorada onde os personagens são animais .As histórias contadas giram em torno de situações do cotidiano ,assim a que nos chamou atenção foi a apresentada na tirinha escolhida.O processo metodológico contou pela motivação com a seleção dessa tirinha partiu por ser uma temática atual designada pela Organização Mundial de Saúde - OMS de COVID 19 ,constituida como Emergência Mundial de saúde pública de importância Inernacional .Por essa análise,entende-se por verificar por meio da GDV a relação na produção de sentido a partir dos elementos semióticos e multimodais a complementaridade na produção de sentidos decorrentes da interação palavra- imagem em interação com os leitores. 

O apoio teórico se dá nos pressupostos do Letramento numa perspectiva na Gramática do Designe Visual nos estudos de Kress e Vam Leeuwem (2006) precussores da Gramática do Design Visual (GDV)teorizam a relação palavra – imagem para além da relação de cópia uma da outra considerando palavras e imagens instrumentos comunicativos na produção de sentidos conjugados abarcando códigos representativos de comunicação. Para a análise metodologia desse estudo dividimos em duas etapas: A primeiro destacando um enfoque fundamentado na Gramática do Design Visual e a segunda parte na nálise do da tirinha.

A realização dessa análise levará em conta alguns objetivos propostos para estudo e conhecimento relacionado a temática ,com isso objetiva analisar a luz da colaboração de Kress e Vam Leeuwem e de os aspectos sob o viés de gêneros a luz de Baserman em análise encontradas e\ou ausência desses aspectos que podem trazer contribuição as análises discursivas visuais e aprendizagen e reflexões dos leitores.


1.GRAMÁTICA DO DESIGN VISUAL – DGV E OS RECURSOS SEMIÓTICOS NA TIRINHA


Atualmente na contemporaneidade o contato com a diversidade textual vem crescendo nas práticas e intervenções com o texto ,incluindo nos ambientes digitais os tipos de textos escritos e imagético apresentados.Para tanto faz-se necessário ,portanto a linguagem é uma forma de comunicação e nessa perspectiva não basta ver a imagem ,é preciso saber ver essas imagens para isso é preciso desenvolver capacidades específicas de leitura aliada alinguagem visual.

Para Kress e Leeuwen (2006) as noções teóricas das metafunções linguísticas com a análise do design visual fundamentada na Gramática Sistêmica Funcional – GSF não é especificamente em verificar equivalências entre linguagem e imagem ,mas almeja interagir com elas independentemente de conter ou não um texto escrito.

Para Rodrigues e Nobre página 93: 

No que se refere à produção de imagens, Kress e van Leeuven (2006 [1996]) advogam que as estruturas visuais se assemelham às linguísticas, pois elas expressam interpretações particulares da experiência dos produtores e são também formas de interação social, de modo que a crescente proliferação de práticas comunicativas por meio de textos não verbais (ou, mais comumente, pela mescla entre o verbal e o não verbal) possibilitada pelos mais diversos meios, requer um letramento visual.  

 

Corroborando que essas escolhas e organização dos elementos verbais e não verbais auxiliam ao leitor em identificar e contextualizar melhor a partir dessas representações narrativas e recursos semióticos ,incluindo a presença de vetores e modos semióticos que podem compor os textos multimodais. 

A representação gráfica e a descrição verbal analítica das metafunções específicas estruturadas da narrativa encontamos a subdivisão: Representacional incluindo os vetores dos processos de ação transacional,não – transacional e processos mental e verbais.Interacional :incluindo vetores indicativos de de reação transicional ,os distanciamento – social ,pessoal e íntimo;os contatos - demanda e oferta e as atitudes – objetividade e subjetividade bem como a representação composicional :considerando a disposição espacial da imagem ,incluindo cores e demais recursos modalizadores comunicativos como contextualizzação como presença ou ausencia plano de fundo.

Para analise do material escolhido como corpus e aqui direcionado a exemplificação foi atribuida a Metafunção Ideacional – representacional Narrativa.Segundo autores a representação narrativa na imagem ocorre por meio de vetores ,na condição de processos classificados em materiais(vetores indicando ações )reacionais (vetores específicos e direcionados á linha dos olhos),mentais (expresso por recursos semióticos como balões ,nuvens )comportamentais (gestos e expressões existentes e ou verbais). 

Acrescenta-se também o enquadre na metafunção composicional passa a ter significação importante na teoria. O enquadramento corresponde àquilo que o produtor escolhe encaixar no espaço da composição da cena que pretende mostrar bem como os efeitos que deseja produzir induzindo e possibilitando ao observador uma compreensão do texto a que o produtor se propõe mostrar. 


2.ANÁLISE DA IMAGEM 


Por intermédio da observação e análise da tirinha Kress e Leeuwen a paisagem semiótica corresponde a relação comunicativa produtora de sentidos estabelecidas entre dois ou mias modos semióticos imagem – texto ,estes que podemos encontrar de forma bem específica nas tirinhas.

Em análise metodológica circunscreve – se na exposição da tirinha em três quadros comunicacionais ,paisagem ,acessórios e adereços representacionais e seguimos com o um problema em identificar nessa análise se a proposta contempla características da GDV ?Como acontece a análise do letramento visual na composição das interpretações dessas imagens? Em fazer com que o leitor perceba a importância de fazer uma leitura expressiva das imagens participando criticamente dessa leitura.

Analisando essa tira , percebemos que nela podemos encontrar os multiletramentos a partir dos elementos semióticos de escrita como o tamanho das letras, e visual como o formato , desenho ,mas também ausência do uso de cores.Fazendo uma relação do texto com a imagem ao lado ,percebemos os que nela encontramos elementos que servem para informar a respeito de fatos de saúde pública e sobre a doença ao qual manifesta na sociedade ).Nos elementos compsicionais também observamos o uso de linhas e expressóes faciais por parte de um dos atores encontrados na imagem onde podemos refletir sobre o comportamento ao qual é expresso no segundo quadrinho.

Figura 1:Tirinhas Covid 19 – Mariana Caltabiano


Fonte: https://iguinho.com.br/tirinhas-covid-19-m.html

Por meio da análise temática da tirinha no primeiro quadrinho as representações narrativas caracterizam -se pela presença de vetores que indicam a direção na ação da imagem entre o ator e a meta sendo identificada pelo leitor a didentificação desses vetores e a ação onde os personagens se encontra em movimento e um direcionado ao outro ,ou seja o ator (Gui – o cachorro ) e a meta (Piti – Pitbull )com indicações de movimento por partes do corpo. 

Kress e Leeuwen(2006) classificam nos processos de ação de modo que temos uma imagem uma reação bidirecional transacional (reator – vetor – reator )valendo ressaltar a existencia de processos narrativos mentais e verbais ,em que há ,nas imagens como os balões da fala.

Observamos que além da das estruturas narrativasFigura 2: Tirinhas Covid 19 – Mariana Caltabiano apresentadas os atores tratam de estruturas conceituais ,mas que para essa análise direcionamos para os processos narrativos.

Em decorrencia de possibilidades ,valendo do processo cultural de cada sujeito para que se torne capaz de participar com ousadia reconhecendo a importância dos elementos individuais como linhas,traços,cores e de como esse cenário visual contribui para a aquisição desse conhecimento ,inclusive de conhecer novas culturas.

Em continuidade a proposta de análise verificamos o acordo instituido entre as informações dadas enfatizadas pelos recursos semióticos polarizados e salientes no enquadre escolhido no segundo quadrinho da tira pelo produtor de forma perceptível a seu leitor como os balões e uso de mácara.

Diante da análise da imagem também podemos encontrar elementos que comprovam que algo está acontecendo e imcompreensivel no segundo quadrinho apresentando.

Figura 2: Tirinhas Covid 19 – Mariana Caltabiano  


Fonte: https://iguinho.com.br/tirinhas-covid-19-m.html

Percebemos que esse segundo quadrinho a metafunção composicional ao qual recebe atenção especial em relação a GDV ,pois une metafunções salientando a totalidade da composição e demonstração do nível de das interações entre os participantes interativos,fechando portanto com o quadro relativo ao valor da informação ao enquadramento com interferencia do olhar do leitor refletindo a cerca do situação enfatizada na tirinha ,mas que a partir de uma visão interdisciplinas permitiu ao leittor já no terceiro quadrinho retornar a temática e inter-relacionarcom os campos das áreas semióticas e sociais permitindo a renovação dessas análises. 

A partir da análise desse segundo quadrinho o nível intencional desdobra-se no terceiro quadrinho onde colocam em evidência o uso dos recursos semióticos.

Figura 3: Tirinhas Covid 19 – Mariana Caltabiano 


Fonte: https://iguinho.com.br/tirinhas-covid-19-m.html

Nesse terceiro quadrinho com auxilio dos recursos semióticos retornamos a narrativa apresentada no primeiro quadrinho .Assim,segundo Kress e van Leeuwen (1996), a paisagem semiótica corresponde à relação comunicativa produtora de sentidos estabelecida entre dois ou mais códigos semióticos - tais como a imagem-texto que se combinam em declarações e afirmações visuais em maior ou menor complexidade e extensão entendendo o contexto.

CONCLUSÃO 

Por meio do percusso de análise exposto das tirinhas que remete a fatos ocorridos mundialmente relacionados a saúde pública e com o uso dos recursos integrados na tirinha ,percebemos da importância desses recursos em estarem bem organizados ,pois refletem na reflexão e compreensão da mensagem para o leitor e observação a todos esses aspectos observacionais. 
 
A dinamicidade da relação dos recursos semióticos comunicativos aqui estudados – palavraimagem – revigora o léxico por meio da paisagem semiótica, pois ambos dialogam entre si e com seus respectivos participantes interativos que se dispõe a observar, ler e, sobremaneira, interagir com o texto materializado intentando a produção de novos sentidos. 

Assim,conhecendo a contribuição dos estudos dos autores Kress e van Leeuwen ao uso da linguagem tanto visual e não – visual especificado ou não presariam por repassar as informações ao leitor e sua interação diante ao texto. 

REFERÊNCIAS 

KRESS,G. VAN LEEWUEN ,T . Reading Images :The Grammar of Visual Designer .London :Routleedge.1996. 

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. 

BIASE – Rodrigues ; NOBRE .Linguagem em (Dis)curso, Palhoça, SC, v. 10, n. 1, p. 91-109, jan./abr. 2010.

Caltabiano,Mariana.Tirinhas COVIDE 19 https://iguinho.com.br/tirinhas-covid-19-m.html acesso 09 de outubro de 2022 .










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